Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Informação e análise



O DIA MUNDIAL DA IMPRENSA – SEM RELEVÂNCIA EM PORTUGAL

Até o discurso, na ONU, de António Guterres foi praticamente - A avaliar pelas pelas pesquisas que pude efetuar na Net, constatei que o discurso do português, que, na atualidade, ocupa o mais alto cargo das Nações Unidas, passou praticamente despercebido – Se fosse, Durão Barroso, atual conselheiro da Goldman Sachs, não lhe faltariam panegíricos e manchetes


"Em mensagem para o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, lembrado na quarta-feira (3), o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu o “fim de todo o tipo de repressão contra jornalistas”. “Precisamos que líderes defendam a imprensa livre”, enfatizou o chefe do organismo internacional.
Numa mensagem divulgada para No Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu o “fim de todo o tipo de repressão contra jornalistas. Precisamos que os líderes defendam uma imprensa livre”. O português que lidera o organismo internacional defendeu que “quando protegemos jornalistas, as suas palavras e imagens podem mudar o mundo”.
Gueterres lembrou ainda que a liberdade de imprensa é “fundamental para combater a atual (tendência à) desinformação. Precisamos que todos defendam nosso direito à verdade”.https://nacoesunidas.org/liberdade-de-imprensa-e-crucial-para-combater-noticias-falsas-diz-onu-em-dia-mundial/

TÉLA NÓN - "Parece que o país vive num estado de exceção disfarçado, porque há comissários políticos e agentes que gravam conversas, mesmo em situações de convívio", disse Juvenal Rodrigues na IV conferência anual por ocasião de 03 de maio, Dia Internacional de Liberdade de Imprensa.
“A descarada censura que chega ao ponto de descaracterizar completamente certas matérias produzidas por jornalistas, a ponto dos autores não reconhecerem o trabalho que deixaram feito; a autocensura, a ausência de debates e do contraditório e a exclusão acentuaram-se consideravelmente desde outubro de 2014», prosseguiu o Presidente da Associação de Jornalistas de São Tomé e Príncipe.

Perseguição, é a lei decretada contra os órgãos de comunicação social, ou profissionais, que não se vergam a vontade do Chefe.


LUSA - (..) O presidente do sindicato dos jornalistas e técnicos da comunicação social (SJS), Helder Bexigas, denunciou, por seu lado, a marginalização de alguns jornalistas nos órgãos públicos.
Jornalismo de encomenda |
"Profissionais experientes e competentes são marginalizados, humilhados e silenciados, porque não se prestam a fazer o jogo da manipulação, da distorção dos factos e até da mentira", disse Helder Bexigas.
"O medo de pluralismo de opiniões, o medo de um saudável debate e de confronto de ideias, o medo de que todos os setores da sociedade estejam representados na comunicação social permitindo ao grande publico formular juízos e opiniões com base numa informação séria, isenta e imparcial", disse.
O Presidente são-tomense, Evaristo Carvalho, reconheceu a "luta visível" de muitos profissionais da comunicação social "para que a informação seja divulgada com rigor e verdade".
O presidente do Conselho Superior de Imprensa, o juiz do Tribunal de Primeira Instância, Patrick Lopes, defendeu uma comunicação social livre, independente e pluralista, que permita a todos os são-tomenses a terem acesso a uma informação credível e diversificada".LUSA - Excerto de Dia mundial de liberdade de imprensa assinalado em São Tomé e

O presidente do Conselho Superior de Imprensa, o juiz do Tribunal de Primeira Instância, Patrick Lopes, defendeu uma comunicação social livre, independente e pluralista, que permita a todos os são-tomenses a terem acesso a uma informação credível e diversificada".LUSA - Excerto de Dia mundial de liberdade de imprensa assinalado em São Tomé e


LEVIANDADES E INCONSCIÊNCIAS DE UM PERIGOSO GOVERNANTE - Eis o que dissemos neste site, em 18 de Setembro, a propósito das acusações infundadas que fez a um jornalista - CONFUNDE JORNALISTAS COM GUARDAS ARMADOS


… para mim, deixa muito a desejar, então, não vale a pela nós continuarmos nesse caminho!..


- E então por que é que o Governo não cita o nome?
Um jornalista… é subjetivo, dizer que ele é independente e não é independente!... Mas esse tipo de promiscuidade, de jornalista membro nacional de partido, jornalistas que defendem armas da Presidência da República, etc

Patrice, com tão desvairadas afirmações, ao alimentar, tão odiosas calúnias, ele está a lançar o apelo a comportamentos, antidemocráticos, perigosíssimos: a promover o chamado julgamento popular, a defender o mesmo tipo de comportamento que era seguido pelos inquisidores da famigerada inquisição, de tão má memória, para que seja o povo a linchá-los ou a queimá-los na praça pública.

Procedendo, tal como procedia o poder colonial, acusando os
negros, que defendiam a liberdade e independência do seu povo, como terroristas
– A sua mentalidade é a mesma que a da mais retrograda era colonial – Do tempo,
em que, o Governador Carlos Gorgulho, sob o pretexto de revolta comunista,
atirou as armas dos colonos contra uma população sacrificada, humilde e
indefesa. Patrice Trovoada é a figura trasvestida do antigo Governador Carlos
Gorgulho mas sob outras roupagens: este detestava técnicos qualificados, tal
como Trovoada, detesta jornalistas probos, sérios, competentes e honrados
–Senão atente-se nestas palavras do corajoso capitão Sagueiro Rêgo, que
denunciou em livro os massacres do Bate-Pá:
“Nunca o
Governador Gorgulho quis naquela terra um engenheiro! Tinha a fobia dos
engenheiros o Gorgulho!! Dizia a toda a gente que o engenheiro era ELE, e que
se necessitasse dum auxiliar o seu cabo Malheiro lhe servia melhor que qualquer
engenheiro que não lhe apareceria com a mesma brevidade do cabo Malheiro a quem
deu o cargo de Diretor Geral das Obras Públicas.(…) Nas obras os capatazes eram
escolhidos dentre os presos e havia-os da especialidade de tratantes, de
verdugos e de carrascos e lembro-me de um que tinha vindo de Angola desterrado
e condenado por ter morto não sei quem: pois foi um dos escolhidos para
capataz, chamado Zé Mulato, verdadeiro carrasco que usava sempre o cavalo
marinho enrolado em arame; era este celerado um dos escolhidos para tomar conta
nos presos”
Patrice Trovoada, na extensa entrevista que
deu à rádio estatal e à televisão, em simultâneo e com jornalistas escolhidos
a dedo, antes de tomar o avião para mais
uma passeata pela Europa e Américas, senão mesmo a outros países da Oceânia
(milhões de euros ou dólares esbanjados que não lhe saem do bolso e que tanta
falta fazem a esmagadora maioria da população) usando e abusando de um
dos órgãos da C.S. de serviço púbico, que deveria pautar a sua ação informativa
pela isenção, rigor e objetividade, concedendo as mesmas oportunidades, tanto
ao Governo e à ADI, partido que o apoia, como à oposição, pelo
contrário, prossegue com a mesma desfaçatez, depois do despudorado
epilogo no dia das eleições, ao arrepio das leis com repórteres nas
assembleias de voto (descaradamente apelando ao voto no seu Evaristo) uma
vez mais manifestou a incontrolável propensão de impor as suas opiniões, como
verdades absolutas, sob a capa, daquele seu habitual e pousado tom coloquial,
de disfarçado e inofensivo bonacheirão, que, numa primeira
impressão, para quem o não conheça, poderá parecer ser o mestre a
dar lições aos meninos da instrução primária, que não mata uma mosca, mas
de displicente e injurioso palavreado, mais propenso à conflitualidade, à
provocação e à questiúncula envenenada, do que ao apelo à serenidade e ao
apaziguamento,
Não hesitando em enviar farpas, a cada
parágrafo das suas afirmações, quer aos seus adversários políticos, quer ao
ex-presidente da República, com o qual voltou a ser indecoroso, sem que,
naquele espaço público radiofónico e televisivo (que instrumentaliza e
monopoliza a seu belo prazer) tanto, Manuel Pinto da Costa, como a
oposição, ali o pudessem contraditar e defender-se, mas também lançando graves acusações
sobre a classe jornalística, que ele detesta, conquanto os que o sirvam, como o
cachorrinho, que vai pela trela atrás do seu dono.
Naturalmente, que, num país pequeno e
pobre, onde as oportunidade de emprego, são escassas e, ainda para mais, dominadas
pelo poder político (e as pessoas precisam de viver e fazer face à sua
subsistência) é extremamente difícil ser-se independente. De resto, ele
próprio o afirmou nessa entrevista, dizendo: “aquilo que eu estou a dizer
é que há muito poucos jornalistas independentes em S. Tomé e Príncipe!”
Mesmo assim, que maçada! Deviam ser menos, a que alguém lhe aponte alguma critica ou desafine o seu trombone: veja-se o que, nas
eleições, aconteceu ao jornalista da RTP-África, Abel Veiga, impedido, através
de ordem dada ao segurança, de fazer o seu trabalho no Palácio do Governo onde funcionam os Gabinetes do Primeiro
Ministro e do Ministro da Presidência do Conselho de Ministros, este último que
por sinal tutela o sector da comunicação social. – Pois, á sua
chegada, era recebido com esta recusa pelo segurança: “Olha acabei de receber uma ordem de que Abel Veiga não pode entrar
nesta conferência de imprensa.
E qual a razão por que, Patrice Trovoada,
toma arbitrariamente, tais atitudes ditatoriais? Porque ele desta a
informação e perguntas, incómodas, como esta:
"PATRICE EQUIVOCOU-SE?"
Este o título de um artigo do Jornal on
line, Tela Nón, exigindo um rápido esclarecimento de uma declaração que ecoou na sociedade
são-tomense, e que lançou grave suspeição no seio da classe. Quem é o
jornalista que recebeu arma de guerra na presidência da república? É a dúvida
que paira na sociedade e que o Primeiro-ministro preferiu não esclarecer.”
Na última semana antes de deixar o país
rumo a uma tournée Euro-americana, Patrice Trovoada Primeiro-ministro e Chefe
do Governo, fez uma denúncia grave contra a classe dos jornalistas são-tomenses.
Em declarações ao núcleo de jornalistas
estatais com o qual tradicionalmente conversa, Patrice Trovoada relacionou a
liberdade de imprensa no país, com a situação de posse de arma de guerra, por
um jornalista que segundo o chefe do Governo, tem posições que muitas vezes
chocam com a posição do seu Governo. «Há alguns jornalistas que vejo aí e que gostam de falar de
liberdade de imprensa e são jornalistas cuja opinião muitas vezes choca com o
governo: Nós estamos a fazer um trabalho de recolha de armas. Como é que um
jornalista recebe na presidência da República para seu uso pessoal uma arma de
guerra. É jornalista? É independente? O quê que ele é? É mercenário? é
jornalista? é o quê?», referiu o Primeiro-ministro.
DESMONTAGEM DE GIGANTESCA FRAUDE NO DIA DO ESCRUTÍNIO
Artigo 133.º Deveres dos Profissionais de Comunicação Social) Os profissionais de comunicação social que, no exercício das suas funções, se desloquem às assembleias de voto não podem: Colher imagens e aproximar-se das câmaras de voto de forma que possam comprometer o segredo de voto; Obter outros elementos de reportagem no interior da assembleia de voto ou no seu exterior até à distância de 500 metros que igualmente possam comprometer o segredo do voto; De qualquer outro modo perturbar o acto eleitoral.
PATRICE DIZ QUE NÃO VAI
PÔR UMA CAMISOLA DE FORÇAS AOS JORNALISTAS – MAS É
JUSTAMENTE ASSIM QUE ELE QUER AMORDAÇAR A LIBERDADE DE IMPRENSA .
Diz uma coisa mas faz outra - Tem sido sempre este o seu comportamento – Ele quer refrear e domesticar ainda mais, os profissionais da comunicação social, tê-los como meros robôs da sua propaganda - Quer que, o jornalismo, que não está na alçada estatal, siga a mesma orientação que o Sr. Bispo, já deu à Rádio Jubilar, depois da censura (do encerramento) de um dos seus mais populares programas de informação, ministrando cursos de formação de Ética Deontológica Jornalística, com meninas sorridentes, vindas de Portugal, ,para “comunicação eficiente”: servir o regime liberal-colonial, sem fazer ondas
Claro
que, em S. Tomé e Príncipe, à excepção do Jornal on line Téla Nón,
dando informação e opinião, com distanciamento do poder politico,
atualmente vigente, a bem dizer esse jornalismo não existe - Dai o ódio voltado
para este jornalismo, tanto por parte de Patrice, como pelos seus mais
empedernidos correligionários
É sabido que, a preocupação de
qualquer caudilho ditador é amordaçar a imprensa, é colocar-lhe um
açaime, tal como o dono faz ao seu cachorro.. Arguto no verbo de hábil
ilusionista mas tropeceiro quando baste, sim, porque, geralmente é
mais fácil apanhar um mentiroso de que um cocho, vira-se então para
um dos entrevistador estatais, com esta disfarçada manobra:
“Sabe
qual é a minha opinião’… A liberdade de imprensa não está em risco agora,
devíamos, investir, sim, na formação dos jornalistas; trabalhar mais a deontologia;
investir talvez mais e dar mais apoio ao Conselho Superior da Imprensa,
capacitar as pessoas, e, também sancionar aquelas que não são verdadeiros
jornalistas, porque, a liberdade de imprensa…. Vou vos dar um caso: sem citar
nomes. Mas, alguns jornalistas, que eu vejo aí e que gostam muito de falar da
liberdade de imprensa!... e, por sinal, não são muito!...cuja opinião muitas
vezes choca com o Governo.
Um jornalista… é
subjetivo, dizer que ele é independente e não é independente!... Mas esse tipo
de promiscuidade, de jornalista membro nacional de partido, jornalistas que recebem armas da Presidência da República, etc… para mim, deixa muito a
desejar, então, não vale a pela nós continuarmos nesse caminho!... O que é
preciso, a nível de S. Tomé e Príncipe, é preciso continuar a reforçar as
instituições: falei do Conselho Superior de imprensa!.., É preciso continuar
capacitar e a formar!... E, a nível legislativa, enquadrar
determinadas profissões, essa de jornalista é uma delas, para que nós tenhamos
de facto uma liberdade d imprensa bastante efetiva! Mas, do lado Governo,
jamais é nossa intenção de pôr uma camisola de força ao jornalista.
UM PRIMEIRO-MINISTRO IRRESPONSÁVEL E FOMENTADOR DO BOATO E DA CALÚNIA -
![]() |
Manuel Pinto da Costa, no 12 de Julho de 1975 |
Ora, como facilmente se compreenderá, tal
afirmação é gravíssima, sobretudo, porque, dada a forma despudorada, como
o fez, as suas palavras assumiram, através da rádio e TVS,
não as declarações, minimamente sensatas e credíveis, de um
Chefe de Estado para com a Nação Santonmense, o devido e elementar respeito
para com a sua população e instituições - mas o condenável e
arbitrário carácter de intolerável boateiro, de manifesta suspeição,
lançada à opinião pública, tal como se partisse de um qualquer cidadão anónimo
ou politiqueiro de baixo nível, com um mais que declarado, feroz e
injuriado ataque à classe dos jornalistas, que ele detesta, sobretudo os que
não os bajulem, não lhe repliquem ou destaquem a sua propaganda
politica, visto não ter tido a coragem de apontar nomes:
JORNALISTAS MAL PAGOS E,, SEMPRE QUE O GOVERNO MUDA, COM O CREDO NA BOCA - MAS, COM PATRICE TROVOADA NO PODER, NÃO HÁ MEMÓRIA
Além de uma certa precariedade, que, nestas ilhas afeta o exercício provisional de jornalista, – claro que o fenómeno dos ordenados baixos é transversal a outras profissões - , tem-se assistido a uma enorme instabilidade, já que, a mudança de poder, acaba também por interferir, não apenas nos lugares de chefias, como naqueles que estão na primeira linha da noticia ou da reportagem.
Além de uma certa precariedade, que, nestas ilhas afeta o exercício provisional de jornalista, – claro que o fenómeno dos ordenados baixos é transversal a outras profissões - , tem-se assistido a uma enorme instabilidade, já que, a mudança de poder, acaba também por interferir, não apenas nos lugares de chefias, como naqueles que estão na primeira linha da noticia ou da reportagem.
Ordenados, que mal dão para as despesas do vestuário ou para alimentação, é o equipamento e as condições das redações (especialmente nos sites particulares, onde as dificuldades são ainda maiores, exercendo a atividade praticamente por carolice), sim, é também iminência do chuto que pode suceder quando menos se espera – Infelizmente, há noticias desses exemplos.
De recordar, que , em 3 de Maio de 2012, com Patrice na Governação, o dia da Liberdade da Imprensa, noticias davam conta de que “os jornalistas são-tomenses e as instituições ligadas a comunicação social, reagiram neste dia “Com um silêncio frio num dia de chuva intensa em São Tomé Príncipe.
O ano passado, o 3 de Maio, ficou marcado por um profundo silêncio dos jornalistas.
![]() |
Conceição Lima |
(…)Silêncio pesado, a dominar a classe dos jornalistas. A violência física contra os jornalistas não é prática em São Tomé e Príncipe, mas mecanismos de pressão e de represálias foram sempre activos na relação entre o poder e a imprensa.
São de Deus Lima, Jornalista do Semanário Kê Kua, não está amordaçada. «Se comparar São Tomé e Príncipe com determinados países no mundo, dir-se-á que há um grau apreciável de liberdade de imprensa. É verdade que a repressão e o condicionamento são mais discretos», afirmou a jornalista. – Excerto de Jornalistas amordaçados no dia da liberdade de imprensa .

Curiosamente, este era o título de uma noticia, aparentemente animadora, divulgada (on lin) pelo Jornal Transparência, uns dois meses antes,(12.03.2015)dando conta que o actual governo liderado pelo Primeiro-ministro Patrice Trovoada, está disponível e empenhado em apoiar os problemas da classe dos jornalistas e técnicos da Comunicação Social de São Tomé e Príncipe, face as dificuldades que vêem enfrentando aos longos anos no cumprimento das suas actividades profissionais.
Este empenho foi manifestado esta quarta-feira pelo Primeiro-ministro e Chefe do Governo são-tomense Patrice Emery Trovoada, após um encontro tido com o Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social de Santomense (SJS). Jornal Transparência -
PÕS-SE A DEFENDER O JORNAL PARVO, COMPARANDO O VULGAR PASQUIM - SEGUIDOR DO MAIS PRIMÁRIO SECTARISMO - AO NÍVEL DOS JORNAIS SATÍRICOS FRANCESES


Associação dos Jornalistas pede investigação às declarações de Patrice
21-09216 A Associação de Jornalistas de São Tomé e Príncipe, vai estar esta quarta – feira no Ministério Público, para entregar uma exposição em que solicita esclarecimento público da denúncia feita pelo Primeiro Ministro Patrice Trovoada. Denúncia segundo a qual um jornalista recebeu arma de guerra na Presidência da República. «A imagem dos jornalistas e, particularmente, aqueles que procuram fazer o seu trabalho com independência não pode ser confundida com a de um mercenário, pelo que a Direcção da AJS vai entregar na quarta-feira, dia 21, pelas 14:30, no Ministério Público, uma exposição em que solicita uma investigação para que o tal jornalista seja identificado», diz a nota da Associação dos Jornalistas São-tomenses que chegou a redacção do Téla Nòn. – Excerto Associação dos Jornalistas pede investigação às declarações de
JORNALISMO NACIONALISTA SÃO-TOMENSE - UM PASSADO RICO DE HISTÓRIA - (excerto já publicado neste site, em junho de 20159
Por exemplo, referindo-me a jornalistas, é Carlos Espírito Santo, que, no seu livro “O nacionalismo Político São-Tomense, destaca o papel de São-Tomenses nos jornais que surgiram no período pós instauração da República: - Recordando, que, “além dos movimentos políticos unitários, diversos jornais protonacionalistas preconizando o desenvolvimento dos povos nativos de África, foram criados na capital portuguesa, depois da queda do regime monárquico. Eram bastante lidos sobretudo pelos intelectuais das colónias portuguesas, que de resto colaboravam enviado textos para divulgação, denunciando factos sociopolíticos reputados significativos das suas terras, onde alguns eram correspondentes dos referidos periódicos. Por exemplo, O Negro que foi publicado em Lisboa, a 9 de Março de 1911. Foi com este jornal que teve inicio o protonacionalismo”
E, mais adiante - no seguimento das referências, que, Carlos Espírito Santo, faz ao papel deste jornal, - diz: “atente-se, pois, neste extrato: «Queremos a África propriedade social dos africanos e não retalhada em proveito das nações que a conquistaram e dos indivíduos que a colonizaram roubando e escravizando os seus indígenas.»
No mesmo estudo, o investigador São-Tomense, referindo-se a esse período áureo da liberdade de expressão, de entre os periódicos que recorda, cita, por exemplo, o jornal “A Mocidade Africana”, explicando que “alguns estudantes negros, maioritariamente de São Tomé Príncipe e pertencentes às diversas faculdades de Lisboa, procurando sensibilizar os seus irmãos de raça para a necessidade de envidarem esforços tendo como finalidade pôr termo ao estado de deterioração que desde o início da colonização portuguesa dominava a África, acharam conveniente fundar um jornal que designaram A Mocidade Africana, e cujo número inaugural foi editado dia 1 de Janeiro de 1930. Educar, educar sempre, educar com todas as forças, era o caminho que se propunham seguir, até que vissem concretizadas as suas esperanças, até que vissem alcanças seus objectivos.




Mas, felizmente, longe vão os dias do bisturi da censura e dos cidadãos serem presos, perseguidos ou mal tratados por exprimiram as suas ideias.


Fui testemunha desses opressivos tempos do fascismo colonial e dos cortes da própria censura, que, por várias vezes, me não permitiram a publicação de alguns trabalhos jornalísticos. No pós revolução, com agressões de vária ordem por parte de quem não queria aceitar os novos ventos da história, cujo comportamento selvagem não é fácil de esquecer
ÁFRICA COPIOU A EUROPA MAS OS EXEMPLOS DA EUROPA HÁ MUITO DEIXARAM DE SER EDIFICANTES E EXEMPLOS A SEGUIR

liberdade de expressão mas também a possibilidade das colónias portuguesas acederem à independência -E, ,desde então, desde esse histórico acontecimento, muita coisa aconteceu – Porém, o exercício de tais análises, cabe à palavra dos historiadores..
Um dado relevante, porém, a sublinhar, é o facto das populações poderem eleger os seus governantes.


Por isso mesmo, São Tomé e Príncipe é um dos raros exemplos de África onde a liberdade de expressão mais se tem imposto e consolidado. Assim o comprova a forma pluralista e democrática, como têm decorrido os processos eleitorais. Pena que, cada governo, depois de eleito, procure os seus arranjos nos órgãos estatizados de Comunicação social – Estes são os pontos negativos do pluralismo santomense.
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